Esse texto nada mais é do que a constatação de uma pessoa que, em meio a tantas, enxerga as coisas de maneira diferente e que tenta aquietar a batalha entre a coerência dos fatos e a incoerência de seus pensamentos, buscando somente registrar seus anseios e externar algumas crises existenciais de atordoar a alma... ou não.
Presidente novo, mundo novo. É simples assim.
Em fase de descrença na visível cara de pau dos senhores do Universo, só big kahuna para salvar a pátria. Donos da verdade e defensores dos fracos e oprimidos (desde que estejam sentados no barril de ouro negro), nem os americanos conseguiam acreditar no altruísmo das ações norte-americanamente corretas.Ajudem-me a entender, hoje todo mundo é contra o Bush certo? E como que alguém que não consegue acertar em nada pode ser reeleito para o cargo mais importante do sistema solar? Será que ele estava sozinho? Só agora vemos a verdade?
Sempre soubemos de tudo, vimos o que queríamos ver e agora como em um passe de mágica queremos mudar o mundo através de um simples mortal. Nos só enxergamos o que é conveniente, quando, onde e somente se for conveniente, senão simplesmente fingimos que não existe, que é tudo fruto da busca pelo bem, ossos destroçados do ofício, qualquer motivo que justifique nossa apatia e passividade. Sempre me perguntei como nossos avós deixaram o Nazismo chegar aonde chegou e tristemente vejo que no futuro outros pensarão como eu em relação a nossa geração. Que desculpa daremos? Falta de informação?
Eu sei! Faço parte disso. Também não mereço me considerar civilizado e inteligente por não perceber o que os irracionais percebem, mas por outro lado me recuso a acreditar na dualidade inseparável e oposta entre o bem e o mal. Depois do senhor da guerra, que fez o serviço sujo com o apoio da maioria e hoje é indigno, agora é a vez de outro salvador, um que fará tudo ao contrário e que também estará certo, pelo menos até que o contexto mude.
Assim como profetizado na série de TV, era preciso alguém diferente, alguém que nos fizesse ver os Estados Unidos com novos olhos e que desencadeasse a amnésia da era mão grande de Bush. Quem melhor para fazer isso do que Obama? Barack Hussein Obama é o candidato perfeito.
Antes de qualquer coisa devo dizer que sou totalmente a favor de Obama e votaria nele para presidente da Terra. Gosto dele e do que ele representa, o que me deixa cabreiro é a situação que cai como uma luva. Acho que conheço um pouco os truques publicitários e propagandistas e acredito que algo que parece ser bom demais deve ser visto com cautela. O personagem Obama é tão conveniente que tenho mais medo dele do que tinha do esquivador de sapatos. Ele é o ícone mais perfeito para resgatar a imponente fachada benfeitoresca do presidente da via Láctea, o homem mais importante do mundo, o pai dos injustiçados e sofridos, o chefe das oportunidades, o cara; alguém que pode reconstruir algo que já não sei se é tão bom. Peraí! Acho que confio no Obama e desconfio do Presidente.
Sinto-me sendo convencido, conquistado e atraído, assim com se estivesse assistindo o nobre intervalo da novela das 8. Mesmo nunca tendo votado ou tido o trabalho de ter uma opinião referente ao cargo de dono do mundo, certo ou errado, caí na campanha de Obama e agora torço para que ele consiga se livrar das cordinhas de poderoso chefão para fazer tudo o que pode e que esperamos que faça.
Não é uma questão de pessimismo imbecil, é só pulginha atrás da orelha. 2012 está aí e tenho um estranho pressentimento que o nosso novo presidente “novo” terá um papel fundamental em tudo que irá acontecer. Mesmo assim, sinto que tenho que acreditar e me rendo ao novo salvador. No papel, Obama tem tudo para ser o melhor presidente americano ou quem sabe o menos pior, o que nos resta é esperar; torcendo para quem torce, secando para quem seca e dormindo para quem dorme. Desse jeito seguimos rumo a um futuro melhor, o presidente já temos, agora só falta o Jack Bauer.
Ufa!
Fui.
Fui.
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